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Gritos de apoio materno incentivam novos talentos durante o Troféu Brasil – Patinação de Velocidade

Sertãozinho – Vai filha! Corre, Manu! Respira, Bia! Calma, Júlia! Que mãe que vai assistir um filho competindo e consegue ficar sentada só observando? Raríssimas! Durante os três dias de competições no Troféu Brasil de Patinação de Velocidade, na cidade de Sertãozinho (SP), as mamães Adriana, Flávia e Cristiane mostraram o porquê estar ao lado das filhas faz toda diferença. As três jovens atletas competem pela equipe Superação, de São Paulo.

As filhas, com a palavra das mães!

Beatriz Ambrozio tem 9 anos e conquistou o 1º lugar nas provas de CRI (Contra-Relógio Individual) e habilidades, além do 2º lugar nas provas de 8 e 12 voltas. Com apenas um ano de treino, a mãe Adriana Ambrozio conta que a filha  não conhecia o patins, mas depois da primeira aula de patinação nunca mais quis parar e desde então, ela e o marido fazem questão de acompanhá-la nas competições. “É muito emocionante vê-la competindo e gostamos de estar presentes, torcendo e apoiando. Nesse tempo patinando, ela ganhou autoconfiança e muito foco na escola e isso pra nós é motivo de muito orgulho”, disse.

Manuela Giustino também tem 9 anos e é parceira da Beatriz desde o berçário, além disso elas comemoram aniversários um dia após a outra. A “Manu” como é chamada pela turma conquistou no Troféu Brasil o 2º lugar na prova de habilidades e foi 3ª colocada nas provas CRI, 8 e 12 voltas. A mamãe Flávia garante que sempre ensina que ganhar e perder faz parte e que é necessário buscar o melhor em cada prova. Sobre o fato de estar sempre presente nas competições e ‘gritando’ com a filha, ela também disse que nem sempre isso foi aceito com tanta facilidade. “Uma vez ela reclamou que eu gritava muito, mas sentamos, conversamos e expliquei que isso era uma forma de apoio e incentivo e não de cobrança. Então começamos a trabalhar para lidar melhor com ela durante os jogos para não pressionar muito e não atrapalhar no desempenho final”, comentou.

Júlia Almeida Ramires é a mais velha desse trio, com 12 anos. Não muito diferente das outras mães, foi Cristiane que também apoiou e incentivou a filha a começar a patinar. Com um ano na modalidade, Júlia é uma das atletas que além de todos os benefícios já conhecidos, teve um motivo a mais pra comemorar a patinação como contou a mãe: “A Júlia sempre gostou que estivéssemos presentes nas competições. Como ela tinha um problema sério com o hipotireoidismo, depois que ela começou a patinar tudo na vida dela em questão de saúde melhorou, ela cresceu mais e a disposição aumentou. Na última competição ela enfrentou três meninas ótimas e ainda assim ganhou  uma medalha de honra ao mérito, foi emocionante”, finalizou.

MÃE POSTIÇA E EXEMPLO

Giselma Rodrigues Garcia, a “Gi”, também é atleta da equipe Superação e é considerada a “mãe postiça” das garotas. Aos 44 anos, também mãe, sempre demonstra para as mais novas o quanto o esporte influencia na autoestima, melhora o rendimento e principalmente foi a realização do seu próprio sonho em patinar. “Eu me sinto livre patinando e é isso que tento mostrar para as meninas, quando estou perto procuro apontar que elas podem tudo e conseguem. Não podem desistir No começo, elas eram bem mais tímidas e inseguras.”

* Gi competiu na categoria Master 40 e foi campeã das provas de 1.000 m, 5.000 m e 10km

Foto: Laura Dinamarco/Blue PR / 2 Toques
(11) 2505-925

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